🗓️ CALENDÁRIO NEAFRAR ✊🏿
Viva a luta de libertação da República Democrática do Congo!
A partir dos anos 1950, a insatisfação dos nativos congoleses com a duradoura dominação belga crescia, principalmente com o destaque da liderança de Patrice Lumumba, uma das figuras centrais para a descolonização africana. O fortalecimento interno dos ideais autonomistas sob a prerrogativa do pan-africanismo, somado à pressões de entidades externas na ONU, forçou a Bélgica a abdicar seus domínios no território, o que foi oficializado em 30 de junho de 1960.
Naquele mesmo ano, ocorrera as eleições parlamentares ao qual Lumumba tinha sido eleito primeiro-ministro. O líder congolês anunciara que a real independência só viria quando o país deixasse de depender economicamente da Europa, o que deixou investidores estrangeiros que lá viviam em alerta, com um grande receio das mineradoras serem estatizadas. Pouco tempo depois, eclodiu uma rebelião contra o governo de Lumumba, com apoio da Bélgica, Estados Unidos e França que acabou gerando um golpe de Estado e o depondo. A situação interna agravou-se com o assassinato de Lumumba e o golpe foi finalizado com a subida de Joseph Désiré Mobutu, que permaneceu no poder por três décadas e entre 1965 e 1971 mudou o nome do país para República do Zaire.
Segundo o filósofo congolês Patrício Batsîkama, a independência do país ainda não é um fato total, pois, por mais que os colonos tenham sido expulsos, os conflitos armados e os problemas da estrutura social e econômica local são forjados pelos "laboratórios dos circuitos neocolonialistas ocidentais".
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