📅 CALENDÁRIO NEAFRAR ✊🏿
Salve aos 223 anos da Revolta dos Búzios!
Enquanto a situação se agravava, haviam sujeitos que movimentavam-se para fazerem as coisas mudarem. Os ares iluministas da Revolução Francesa e a sede de mudança radical da Revolução Haitiana influenciavam diretamente no processo de preparação e revolta em Salvador. Além da influência da Sociedade Maçônica Cavaleiros da Luz, em especial do cirurgião Cipriano Barata, o motim foi liderado por figuras das classes populares, sendo os soldados Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento.
Em pesquisas historiográficas mais recentes, foram encontrados registros de lideranças femininas no movimento como Luiza D'Araújo, parda livre e casada com João de Deus; Lucrécia Maria, negra forra; Ana Romana Lopes, parda forra; Domingas do Nascimento, parda forra e Vivência, negra forra.
Para muitos pesquisadores, a Conjuração Baiana (como a revolta também é chamada), foi a primeira grande tentativa de revolução social no país, com um forte caráter popular e abolicionista. Após a publicação do manifestos em diferentes cantos de Salvador em 12 de agosto de 1798, uma investigação foi instalada para conter a revolta. Muitos dos envolvidos foram presos e alguns receberam pena de deportação ao continente africano. Aos líderes foi promulgada a forma mais desonrosa de morrer na época: pela forca, em praça pública em novembro de 1799.
Eternizados na história, são encarados como Heróis da Pátria nos dias de hoje e continuam a inspirar e fundamentar ideais revolucionários.
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Fonte: Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Governo do estado da Bahia); Wikipedia
Autoria: Ana Luiza Souza Jesus