📅 CALENDÁRIO NEAFRAR ✊🏿
Há 27 anos perdíamos Lélia Gonzalez!
Nascida na capital mineira em 1° de fevereiro de 1935, Lélia de Almeida é filha de um operário negro e uma empregada doméstica indígena, a última de dezoito irmãos. Quando tinha oito anos, Lélia e sua família mudam-se para o Rio de Janeiro, onde estudou e ficou até o fim de sua vida. Por um tempo quando criança, chegou a trabalhar como doméstica e babá.
Em 1954 completou o ensino médio no Colégio Pedro II, uma tradicional instituição carioca. Graduou-se em História e Filosofia na universidade que é a atual UERJ e trabalhou como professora na educação básica. Fez mestrado em Comunicação Social e o doutorado em Antropologia Política. Em 1978 esteve no lançamento do MNU em São Paulo na manifestação em frente ao Theatro Municipal. Contribuiu também para a fundação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga.
Escreveu os livros "Lugar de negro" em 1982 (com coautoria de Carlos Hasenbalg) e o "Festas Populares no Brasil", lançado em 1987. Lélia Gonzalez foi pioneira em relacionar questões de classe com raça e gênero, quando a noção de interseccionalidade trabalhada hoje ainda nem estava em voga. Formulou a categoria de "Amefricanidade" para trabalhar a experiência diaspórica de africanos e seus descendentes nas Américas, além conceituar o "pretoguês" que define-se pela africanização do português falado no Brasil. Faleceu em 10 de julho de 1994 em decorrência de um infarto. Seu legado para o pensamento social brasileiro e para os movimentos sociais é grandioso, fazendo com que seu nome seja título de prêmios, escolas e entidades.
Viva Lélia Gonzalez! Viva as mulheres amefricanas! 👩🏿🦱🇧🇷🌎
Fonte: Literafro
Autoria: Ana Luiza Souza Jesus