segunda-feira, 19 de outubro de 2020

OTELO FILHO


 #Repost @liviasantanavaz

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Em 18 de outubro de 1915, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, nascia Sebastião Bernardes de Sousa Prata, o nosso Grande Otelo. Pequenino na estatura – tinha apenas 1,50m –, o ator, comediante, compositor, cantor e produtor, era um gigante nos palcos, o que o levou a ser considerado o melhor ator brasileiro.

 

Sebastião teve a vida marcada por tragédias – seu pai morreu esfaqueado, sua mãe foi acometida pelo alcoolismo e sua esposa cometeu suicídio – que, no entanto, não foram capazes de apagar o brilho nos olhos e a leveza do sorriso de um dos maiores comediantes do Brasil.

 

Ainda na infância, quando vivia em Uberlândia, o menino conheceu uma companhia de teatro mambembe, com a qual fugiu para São Paulo. Fugiu novamente e acabou no Juizado de Menores, até ser adotado pela família de um influente político da época, Antonio de Queiroz.

 

Na década de 1920, integrou a Companhia Negra de Revistas, que tinha como maestro Pixinguinha. Em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis – um dos pioneiros do teatro de revista –, onde recebeu o apelido de Grande Otelo, que veio a se tornar seu nome artístico.

 

Os trabalhos do ator marcaram os palcos de cassinos e de teatros Brasil afora. No cinema, atuou em "Futebol e Família", em 1939, e "Laranja da China", em 1940. Em parceria com Oscarito, participou de mais de dez chanchadas, como "Carnaval no Fogo", "Aviso aos Navegantes" e "Matar ou Correr". Atou, em 1942, no filme "It's all true", de Orson Welles, que considerou Grande Otelo o maior ator brasileiro. Em 1969, alcançou grande sucesso no cinema, encarnando Macunaíma, no filme de mesmo título, inspirado na obra de Mário de Andrade.

 

Grande Otelo faleceu em 26 de novembro de 1993, aos 78 anos, em Paris, onde havia desembarcado para receber uma homenagem no Festival de Nantes.

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