quarta-feira, 29 de maio de 2019
Sessão Especial de Cinema: Menino 23
Saudações acadêmicas e extensionistas.
SESSÃO ESPECIAL DE CINEMA no MCN (Mês das Consciências Negras)
31/5 – 19h: “Menino 23” de Belisario Franca (Prédio de Artes)
O que? MCN Sessão Especial de Cinema
Quando? No dia 30/5 - Dia Nacional em Defesa da Educação
Que horas? 19h
Onde? Univasf, campus Juazeiro. Prédio de aulas (quarta na sala 6 e quinta na sala 11)
É um evento público, gratuito e de qualidade para todas e todos interessados na promoção da igualdade racial.
E na compreensão dessa agenda à História Social, Econômica, Política e Cultural do Brasil
Mais uma vez agradecemos à contribuição na divulgação e/ou presença. Abaixo, a sinopse e a ficha da equipe técnica.
Att,
Nilton de Almeida
NEAFRAR
Sinopse
<<Em 1998, o historiador Sydney Aguilar ensinava sobre nazismo alemão para uma turma de ensino médio quando uma aluna mencionou que havia centenas de tijolos na fazenda de sua família estampados com a suástica, o símbolo nazista. Esta informação despertou a curiosidade de Sidney e desencadeou sua pesquisa. Pouco a pouco, o filme mostra como o historiador avançou com a sua investigação, revelando que, além de fatos, ele também descobriu vítimas.
Sidney mostrou que empresários ligados ao pensamento eugenista (integralistas e nazistas) removeram 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro para Campina do Monte Alegre/SP para dez anos de escravidão e isolamento na Fazenda Santa Albertina de Osvaldo Rocha Miranda.
O trabalho de Sidney vai reconstituir laços estreitos entre as elites brasileiras e crenças nazistas, refletidos em um projeto eugênico implementado no Brasil. Aloísio Silva, um dos sobreviventes, lembra a terrível experiência que escravizou os meninos ao ponto de privá-los do uso de seus nomes, transformando-o no “23”.
Sidney e outros historiadores e especialistas irão delinear os contextos históricos, políticos e sociais do Brasil durante os anos 20 e 30, explicando como um caldeirão étnico como o Brasil absorveu e aceitou as teorias de eugenia e pureza racial, a ponto de incluí-los em sua Constituição de 1934.
A investigação culmina com a descoberta de Argemiro, outro sobrevivente do projeto nazista da Cruzeiro do Sul. Sua trajetória reforça ainda mais como os conceitos de “supremacia branca” e as tentativas de “branqueamento da população” marcaram nossa sociedade deixando sequelas devastadoras até os dias de hoje. Sendo o racismo e – mais ainda – a negação do mesmo, as mais permanentes.>>
Equipe Técnica:
Direção: Belisario Franca
Roteiro: Bianca Lenti e Belisario Franca
Produção: Maria Carneiro da Cunha
Produção Executiva: Cláudia Lima
Edição: Yan Motta
Musica: Armand Amar
Fotografia: Thiago Lima, Mário Franca e Lula Cerri.
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